A vida de um indivíduo pode dar, e dá muitas voltas. Provavelmente, hoje, deparo-me com uma das maiores que a minha já deu, e torna-se impossível não pensar no que vou "perder", nas saudades, e a quem eu vou falhar. Porque de uma maneira ou de outra, acabo sempre por pensar que estando longe, mas mesmo assim em contacto com os meus amigos, lhes falho, de uma maneira ou de outra.
Muitas vezes um abraço em silêncio vale mais que mil conversas telefónicas, mil cartas escritas ou milhares de e-mails enviados.
Sei que será difícil, tanto para mim como para aqueles que realmente valem a pena, mas "a vida é mesmo assim". E passando de frases feitas, aos medos mais proximos que assolam o pensamento, o maior deles todos é mesmo a desilusão. O afastamento.
Embora a verdadeira morte resida apenas no esquecimento, há muitas outras questões, um tanto ou quanto mais obscuras por tras deste, que o esquecimento em si não engloba como um todo, mas que irrevogavelmente faz parte deste.
Espero não ser culpada por ir atrás de um sonho. Espero ficar sempre aqui. ao pé de vós, que por um lado me irão mimar a alma, com o conjunto de letras, léxico, gramática e dicção tão características da minha, (NOSSA!), língua mãe; e por outro me trarão uma dose quase insustentável e inquantificável de saudades.
O meu belo português. E digo meu, porque nestes momentos, amo o meu país e a minha língua mais do que nunca. Sim. Portuguesa e orgulhosa disso.
Amiga dos meus amigos, e aqui digo perante uma imensidão, quase vazia, de almas de poeta, que os amo. E que deles, terei mais saudades do que aquelas que alguma vez imaginei ter.
E sim, aqui, mais perto e em especial a uma que brilha, mesmo nas noites de Lu(n)a nova, e que provou que sob qualquer que fosse a circunstância que a amizade é bem mais forte que qualquer outra coisa.
Quanto aos que por aqui ocasionalmente vão passando só para ver o depósito de palavras, entulho literário... ou pseudo... Como lhe queiram chamar... Mais tarde virão outras mensagens.
Porque este cantinho afinal de contas é um blogue, e o que me assolou a mente foi o que saiu. Tenha sido incongruência ou não, mas foi o que saiu.
E agora sim... Sem mais assunto.
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